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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Charruas e o "20 de setembro" dia do "Gaucho"



Charruas e o "20 de setembro" Dia do "Gaucho"







Levanta o Povo Charrua



                 Charruas levados para a França como "bichos de circo"

                   Levanta o Povo Charrua

      Era uma fria manhã de 1834 na bela Lyon. Enquanto a cidade amanhecia, com seus odores de pão fresco e gentes malcheirosas, um homem jovem andava ligeiro pela rua ainda vazia. Carregava nos braços um bebê. Vestia-se pobremente e volta e meia olhava para trás, esperando ver soldados. Os poucos transeuntes não sabiam, mas ali ia um valente cacique charrua, chamado Tacuabé. Carregava a filha da também charrua Guyunusa que, como ele, fora aprisionada na região da Banda Oriental (hoje Uruguai), e remetida a Paris, como um bicho raro. Eram quatro os índios levados para a França: Tacuabé, de 23 anos, Vaimava, um velho cacique, Senaqué, um conhecido pajé charrua e Guyunusa. Obrigados a se apresentarem em circos pelos arredores de Paris, sofrendo maus tratos e saudosos de sua terra, os charrua foram morrendo um a um. O primeiro foi Senaqué, que definhou de tristeza, depois o velho Vaimaca. Guyunusa, com pouco mais de 20 anos, tomada pela tuberculose, morreu em Lyon, deixando um bebê que se acredita fosse filha de Vaimaca. Obteve de Tacuabé a promessa de que a garota haveria de ser livre. E assim, tão logo ela fecha para sempre os olhos, o jovem charrua decida escapulir do circo, levando com ele a menina. Os historiadores nunca acharam o rastro do cacique e da menina charrua, mas, se sobreviveram é possível que hoje o sangue charrua também corra em alguma família aparentemente francesa. Porque se ser charrua é ser valente, não há dúvidas de que Tacuabé conseguiu garantir a vida, dele e da menina, naqueles longínquos e tristes dias.


Quem eram os charrua:


Corria o ano de 1513 quando Juan de Solis chegou ao Rio da Prata e isso marcaria para sempre a vida dos povos que ali viviam desde há séculos. O povo charrua era uma gente aguerrida que habitava as pradarias do que hoje é o Uruguai, a pampa argentina e parte do Rio Grande do Sul. Chamado de vale do rio Uruguai essa era uma região de coxilhas e muitas pradarias, espaço de ventos intensos tanto no verão como no inverno. Além da gente charrua e do povo minuano, dividiam o espaço as capivaras, ratos do banhado, pecaris, veados, jaguatiricas e o mítico ñandu (a ema).


Já em 1526, o espanhol Diego Mogger relata em suas cartas sobre esses indígenas que eram vistos de longe, observando e sendo observados bem na entrada do Rio da Prata. Os espanhóis descreviam os charrua como uma gente moreno-oliva, de estatura média, pomo de adão saliente, dentes bons, rosto largo, boca grande e lábios grossos. Os homens usavam cabelo bem comprido, muito lisos, e tinham por costume amputar um dedo da mão. Já os minuano eram um pouco mais baixos, de fala baixa, melancólicos e igualmente acobreados. Durante todo o processo de ocupação do território do que hoje é o sul da América Latina eles se mantiveram à distância, porque seu espaço era o interior e tantos os espanhóis quanto os portugueses preferiam se radicar nas margens do mar ou dos grandes rios. Mesmo assim, desde a chegadas dos invasores muitas foram as escaramuças, principalmente com os charrua. Desde o ano de 1573 já é possível encontrar relatos de lutas com os espanhóis.


Eles viviam como grupos seminômades, em acampamentos estáveis, ora aqui, ora ali, seguindo o ritmo das estações. Caçavam e plantavam coletivamente num território que, depois da invasão, ficou durante mais de dois séculos como fronteira não demarcada entre Espanha e Portugal. Era visto pelos invasores como “terra de ninguém”. Mas, ao contrário do que poderiam crer os que chegavam da Europa, aquele era um espaço já há centenas de anos ocupado não só pelos Charrua mas também pelos povos Minuano, Tapes, Chaná e até Guarani. Ainda assim, apesar das lutas esporádicas, os originários eram ignorados. "Sem alma", diziam os padres. Assim, para os europeus, Joãos e Marias ninguém.

Só que, na verdade, esses povos já tinham desenvolvido uma cultura. Tinham uma organização comunitária e eram regidos por um conselho da aldeia. As tarefas eram definidas, os homens caçavam e as mulheres cuidavam dos toldos que lhe serviam de abrigos. Desenvolveram tecnologias eficazes para a caça como é o caso da boleadeiras, instrumento usado para derrubar os ñandus e bichos maiores. Já cozinhavam a carne e produziam vasos de barro escuro, os quais serviam para uso doméstico. Reverenciavam as forças da natureza e acreditavam na ressureição, uma vez que seus mortos eram enterrados com todos os seus objetos pessoais, para uso na outra vida. No verão andavam nus, no inverno se ungiam com gordura de peixe e usavam peles de animais. As mulheres usavam uma espécie de fralda de algodão, hoje conhecida como xiripá, chamado por eles de cayapi. Os homens usavam uma vincha (faixa de pano) na testa. Toda a organização girava em torno do núcleo familiar. Um homem quando queria se casar fazia o pedido ao pai da moça e já montava sua tenda. A comunidade não tinha hierarquia, tampouco chefe, tudo era decidido no conselho. Presos de guerra não eram escravizados, viravam família e se integravam na vida da comunidade. Todo grupo tinha uma mulher velha que cuidava da saúde. O grupo tinha por costume se reunir no cair da noite para planejar o dia seguinte, mas nada era imposto. Era um povo livre e essa forme de viver iria, três séculos mais tarde, encantar o jovem Artigas, que seria um dos libertadores nas guerras de independência.


A ocupação espanhola


A vida dos charrua começaria a mudar radicalmente a partir de 1607 quando os espanhóis introduzem o gado bovino e equino na região e, como as pradarias não tinham fim, os animais se espalhavam chegando a gerar imensos rebanhos selvagens chamados de “cimarrón”. Tão logo conheceram o cavalo, os charrua se encantaram com a beleza, a velocidade e a docilidade dos mesmos. Trataram de aprender a lidar com eles e em pouco tempo era exímios cavaleiros, imbatíveis no lombo nu dos velozes cimarrón. Nas batalhas, eles se agarravam às crinas e permaneciam deitados de um lado, praticamente invisíveis aos inimigos. Por algum motivo não sabido, charrua e cavalo passaram a ser quase como uma só criatura.

Por outro lado, foi justamente o crescimento exponencial do gado bovino o responsável pelo fim da mal arranjada paz no território charrua. Como a carne e o couro eram artigos disputados pelo comércio da época, a região que antes era dominada pelos indígenas passa a receber levas de faeneiros (a mando dos espanhóis) e changueadores (aventureiros) que buscavam arrebanhar o gado selvagem para a venda aos ingleses. Essa mistura com a gente europeia e criolla vai enfraquecendo o já frágil domínio que os charrua tinham sobre o território da campanha. Também é nessa época que ficam mais acirradas as relações com a gente branca que começava a adentrar para o interior, cercando terras e fazendo-as suas.

Em 1626 é a vez da chegada dos jesuítas que começam a criar missões para aldear os índios. O objetivo era domesticar e converter. Os guarani foram mais suscetíveis ao discurso e a ação dos jesuítas, mas os charrua não quiseram nem saber. Eram homens e mulheres livres, acostumados aos caminhos da pampa e não houve quem pudesse prendê-los, ainda que com discursos de salvação. Diz a história que chegou a existir uma pequena redução charrua, em torno de 500 almas, mas não durou mais que quatro anos. Os charrua prezavam a liberdade e, acossados pela invasão branca, acabavam por realizar operações de saque nos povoados, em busca do fumo e da erva-mate. Por conta disso a relação com os colonizadores se acirrava cada vez mais. Naqueles dias começavam a surgir as estâncias, e o gado deixava de ser solto nas pradarias, sendo recolhido em grandes currais. Assim, os animais livres escasseavam e os indígenas perdiam sua fonte de sobrevivência, passando a viver em estado de miséria. Sem terra, sem gado e sem comida, só restava o roubo.

Para os espanhóis e criollos que começaram a ocupar as terras da Banda Oriental, aquela "indiarada" começou a ser um problema e tanto. Era preciso exterminá-los. Foi nesse contexto que aconteceu a famosa "batalha de Yi" em 1702, quando os espanhóis decidiram encerrar a aliança que mantinham com os charrua e os minuano, e resolveram matar todo mundo. Para isso, de forma perversa, contaram com a ajuda dos guarani, os quais já mantinham aldeados há anos. E o resultado foi que mais de 200 charrua pereceram sob o exército de dois mil guarani. Outros quinhentos, levados como prisioneiros para as missões, foram assassinados pelos tapes, também orientados pelos jesuítas e chefes espanhóis. Era o que os espanhóis chamavam de "limpeza dos campos". Na metade do século muitos tinham sido passado pela faca e as mulheres e crianças mandadas a Buenos Aires e Montevidéu servindo como domésticas. Ainda assim, vários grupos resistiram e seguiram vagueando pelos campos, vivendo de contrabando de gado e roubo.

Artigas, os charrua e a independência
São esses valentes que o jovem José Artigas vai encontrar nas cercanias das terras onde vivia com os pais, na imensidão da campanha gaúcha. Desde bem guri ele fugia para as tolderias e aprendia com os charrua o valor da vida em liberdade. Aprendeu suas táticas de guerra, sua cultura, sua forma comunitária de viver. Quando então, finalmente, saiu de casa para não mais voltar, foi viver de aventuras como contrabandista de gado. Abdicando de ser um “filho de fazendeiro” era com os irmãos charrua que ele vagueava pelos campos na única rebelião possível naqueles dias: pegar os espanhóis pelo bolso. Em 1897, quando decide entrar para o batalhão de Blandengles, Artigas já tem muito claro os seus objetivos. Inspirado por tantas lutas que assomaram contra o domínio espanhol, Artigas decide que, junto com os negros e índios – os mais explorados entre os explorados – vai comandar a luta pela independência da Banda Oriental.

E é assim que as coisas acontecem. O soldado Artigas não é um soldado qualquer. Ele pensa e propõe. Tem do seu lado uma leva de homens livres que o seguem de livre vontade. Não como um líder, mas como a um irmão. Acreditam nele e nos seus desejos de vida digna, de terra repartida, de vida comunitária. Esse legado, aprendido com os charrua, é o que vai comandar toda a proposta artiguista de libertação. E é na valentia indígena que acontece a primeira grande batalha de Artigas, na comunidade de Las Piedras, em 1810. Armados apenas de facas, os comandados de Artigas colocam para correr os soldados bem armados da coroa. Depois disso, são inúmeras as páginas da guerra, com Artigas e seu grupo de índios e negros, aos quais chamava de “povo de heróis”. Com eles, praticava a política da soberania popular e da autodeterminação, gestando uma consciência de classe, de pertencimento, que se manteve firme até o massacre final. Nos acampamentos comandados por Artigas todas as coisas eram discutidas abertamente, cada soldado, cada mulher, cada ser, tinha direito a voz e voto. Era essa gente que deliberava, Artigas apenas cumpria. No primeiro grande êxodo, quando o povo seguiu com ele pelo lado norte do rio Uruguai, Artigas chegou a criar uma entidade sociológica, a qual dizia obedecer. Era o “povo oriental em armas”. Nunca traiu os seus companheiros e com eles levou a Banda Oriental à liberdade.

Mas, a história da libertação desta parte do sul do mundo tem também os seus traidores, que acabaram sendo os carrascos de Artigas e dos charrua. Logo depois da independência, os interesses da elite criolla foram se consolidando e “aquela gente suja” que andava com Artigas acabou virando uma pedra no sapato. Ninguém queria que as ideias de reforma agrária, democracia e autodeterminação vingassem por ali. A revolução artigista representava uma transformação radical nos métodos e práticas de governo. A prioridade era a ação direta do povo. As comunidades elegiam seus representantes de forma livre e era nas assembleias que se discutiam os temas relevantes da nação. Este sistema foi cunhado como o “sistema dos povos livres”. Pela primeira vez, depois da conquista europeia, o território voltava a ser das gentes. E a proposta defendida por Artigas era tão avançada que ele conseguia manter unidos os povos originários e os descendentes espanhóis sob o mesmo desejo: criar uma pátria nova, livre, soberana, onde cada um tivesse o mesmo poder. Era coisa demais para as elites locais e para os que sonhavam em dominar a região, rica em carne e couro.

Foi aí que começou a se gestar o processo de destruição de Artigas e de seu povo. Através de intrigas e difamações, o comandante é escorraçado do Uruguai, partindo para o exílio no Paraguai. Com ele seguem dezenas de famílias charrua, decididas a compartilhar sua derrota. Mas, outros tantos permanecem no território uruguaio e passam a ser vistos como um perigo em potencial. Eram homens livres e não haveriam de aceitar a perda das terras e de todo o ideário construído com Artigas. O presidente da nação recém-criada, Fructuoso Rivera decide então chamar os charrua para uma armadilha.

Corre o ano de 1831, num cálido abril, quando Fructuoso envia convites a todas as tolderias charrua para um encontro em Salsipuedes. Pede a ajuda dos indígenas para defender as fronteiras contra os portugueses. Os charrua acorrem, solícitos, em defesa da pátria oriental, a qual aprenderam a amar como sua. Eles chegam, armam seus toldos e esperam pelo presidente. Ele nunca chegaria. Durante a noite, enquanto os indígenas dormem, o exército ataca. A ordem é matar todo mundo. Nenhum charrua deve sair vivo. O que se vê na manhã seguinte é um banho de sangue. O povo charrua está exterminado. Os poucos que restam vivos são vendidos como escravos. A nova nação se vê livre do incômodo: o valente povo charrua que, na verdade, foi o protagonista da liberdade.

Entre os “escravos” levados para Montevidéu seguem Vaimaca, Senaqué, Tacuabé e Guyunusa, que dois anos mais tarde são levados como “bichos de circo” para a França. Subsumidos como criados e perdidos de sua liberdade o povo charrua originário do Uruguai vai se apagando, até deles não restar mais vestígios. Alguns poucos homens que sobrevivem ao massacre de Salsipuedes, comandados pelo cacique Sepé atravessam o rio Uruguai pela cidade de Quaraí, e passam para o lado português, indo, mais tarde, se integrar às colunas do exército farrapo que iniciou a luta pela independência na região do Rio Grande do Sul. Misturados aos minuanos e tapes, eles irão escrever páginas gloriosas no chão brasileiro, mas, igualmente derrotados, também desaparecem na poeira da história.

O fim?


Até o final do século XX era dado como certo que o povo charrua era uma gente extinta. Dela restava só a memória daqueles anos longínquos da independência. Mas, pouco a pouco, pessoas foram se deparando com suas raízes, descobrindo seus ancestrais. Descendentes da gente charrua que passou para o Paraguai com Artigas, do grupo que cruzou o rio Uruguai e veio para o Brasil, dos que sobreviveram como escravos ou empregados domésticos. A história charrua voltou a ser contada, palavras da língua original começaram a ser lembradas e a vida brotou. O povo charrua foi assomando nos descendentes e hoje já são milhares os que se autodenominam assim. Há uma organização do povo charrua no Uruguai e outra no Rio Grande do Sul. Não há um território específico sendo reivindicado ainda, mas já se sabe que no início de 1900 havia um pequeno grupo fixado na região de Tacuarembó, no Uruguai, bem como atualmente há um grupo vivendo em comunidade próximo à Porto Alegre.

Para os descendentes o mais importante agora é recuperar a história. O povo do Uruguai precisa saber que só é livre porque um dia o povo charrua se levantou em armas, junto com Artigas, e defendeu as fronteiras ajudando a criar a nação. O povo do sul precisa saber que os charrua foram enganados, massacrados, mas ainda assim deixaram viva a sua marca. Não é sem razão que na entrada de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a estátua que representa a cidade é uma figura que é um misto de paisano e charrua. O famoso “laçador”, apesar de um semblante bem paisano, aparece com o xiripá, a vincha na testa e a boleadeira, elementos típicos da cultura charrua.

E, hoje, já na metade da primeira década do século vinte e um, os charrua se levantam e se mostram. Tanto que no dia 9 de novembro de 2007, após uma luta que já durava 172 anos, a Câmara Municipal de Porto Alegre reconheceu a comunidade charrua como um povo indígena brasileiro. Considerado extinta pela Fundação Nacional do Índio (Funai), essa foi uma vitória fundamental. O evento foi organizado em conjunto pelas comissões de Direitos Humanos da Câmara Municipal, da Assembleia Legislativa e do Senado Federal.

Há informações de que existem mais de seis mil charrua nos países que compõem o Mercosul. Só no Rio Grande do Sul, são mais de quatrocentos índios presentes nas localidades de Santo Ângelo, São Miguel das Missões e Porto Alegre. A terrível sentença de Fructuoso Rivera não se cumpriu. O povo que dominava todo o território da Banda Oriental não foi exterminado. Ele vive e avança! 



   O 20 de setembro dia do "gaucho"


            "Há alguns meses, tive oportunidade de realizar um passeio pela Serra Gaucha, e suas cidades turisticas como Gramado, ocasião em que pode-se conhecer um pouco  da cultura local com uma vinícula 
artesanal de matriz italiana, assim como, uma culinária basicamente européia mas principalmente alemã. O que mais me impressionou foram as danças de chula realizadas nas chrrascarias locais, com dançarinas e dançarinos loiirinhas, eles a bolear as suas boleadeiras.  Era um folclore gaucho, digamos tocado por uma gaita alemã. 

É claro, é só o lado turistico. Mas e o quadro real - Qual é?  

Com exeção do uso do chimarrão, hábito legado pelas culturas indígenas quíchuas, aimarás e minuana e da carne que mantem-se  no formato típico do churrasco gaucho (grandes nacos de carne levados ao fogo de chão), cuja origem é a comida típica do pampa gaucho, onde viviam charruas, teppes e minuanos. Com a chegada do homem branco, eles arediaram-se mais aos interiores do continente onde dessenvolveram esse folclore gauchesco, baseado na fua forma de viver, digamos para tornar a vida menos insalubre,  de  associar os espaços abertos "a pampa"  à pátria  livre.  
Onde o pampeiro na lida diária, abatia a presa, gado e caça e ali mesmo, ao ar livre preparava o assado bruto só com o sal das cinzas e da terra. Sendo essas as exceções, todas as demais tradições culturais locais, nada ou quase nada,  tem a ver com o original  conceito cultural denominado "gauchismo". 

Como se sabe, 'gaucho' não é apenas um adjetivo pátrio de um estado, ele ultrapaça fronteiras,  tambem não se trata de uma nação apenas, mas sem sombra de dúvida esta mais ligado as tradições indígenas dos pampas. Senão veja: O gauchismo está ligado as orígens dos primeiros habitantes das planícies do sul do continente, ou seja, os modos de vida dos indígenas charruas, teppes, minuanos e tambem guaranís (Chanás e kaigangues) e os araucanos que espalhavam-se por todo esse território sulino da patagônia ao chaco paraguaio, até os andes chilenos, seres que privilegiavam a vida simples e nomade a base de caça e pesca com agricultura rudimentar. Com o achamento das américas e do Brasil, esses povos a princípio nos períodos de paz, procuraram adaptar-se as condições impostas, trazidas pelos europeus, passando a utilizar-se do cavalo e tornando-se pastoreiadores do gado que se desviavam para as pradarias ermas do sul. Assim, cunhou-se o termo comum para denominar toda uma variedade de povos de matriz indígena com o termo "gaucho", que do lado mais influenciado pelos espanhóis, recebe um acento tónico no a pronunciando-se gáucho. Tem mais a ver com um sentido de liberdade mesmo." - adendo meu: VJO.


       É sempre bom que se relembre o fato de que gauchismo não é algo que se incorpore só por se ter nascido no Rio Grande do Sul, um dos estados mais ao sul da federação brasileira. O gauchismo é, a meu juízo, um jeito de viver daqueles que cresceram na “campanha”, um espaço geográfico que toma parte do Rio Grande, Argentina e Uruguai. É o caminho cheio de horizontes, o descampado tomado pelo vento minuano, as sangas, o rio Uruguai e as emas. É coisa entranhada no corpo, com cheiro de tosquia, bosta de vaca e cavalo. É sentimento de imensidão e vertigens, típico daqueles que vivem nas bordas, veredas, hoje fronteiriças, mas que até 500 anos atrás eram estradas livres dos povos minuano, tapes e charrua, a gente originária que povoava o lugar antes da chegada dos espanhóis e portugueses.

Por isso que quando chega o 20 de setembro - data em que no Rio Grande se comemora o dia do gaúcho - eu me permito vibrar à custa desse gauchismo que vive em mim, nascido, como eu, na barranca do rio Uruguai. Esse rio atávico, essa veia larga, de onde, desde guriazinha, já observava, reverente, os balseiros, os pescadores e as lavadeiras na faina diária. Conhecedora da história da Revolução Farroupilha, aprendida bem antes de aprender a andar, sei muito bem que a revolta gaudéria do 1835 foi um levante de fazendeiros, de homens ricos, liberais, que buscavam um brecha na fechada economia colonial. Igualmente sei que, junto com eles, lutaram na guerra independentista os lanceiros negros, tropas formadas por escravos que se jogaram na guerra almejando sua própria liberdade. É certo que foram enganados e traídos pelos generais, mas como negar a eles a reverência por toda a bravura que empreenderam nos dez anos de existência da república farrapa? Também é importante lembrar a ação libertária e generosa dos índios charrua, que tinham passado para o lado de cá do rio depois da traição de Salsipuedes, na Banda Oriental, e que assumiram a causa revolucionária, colocando nas batalhas o seu corpo em oblação. E, como eles, também os minuano e os guarani. Ainda há que se lembra das gentes simples, os paisanos livres, que avançavam na batalha, incitados pelos ventos de transformação que vinham desde a parte de cima da América, desde os anos 20, com Bolívar, e depois com os vizinhos San Martín (da Argentina) e o grande Artigas ( da Banda Oriental).

Em nome de toda essa gente que se moveu na revolução é que se deve reforçar que os fazendeiros oportunistas não semearam no vazio. Havia toda uma terra já arada de desejos de vida plena, livre e cheia de bênçãos. E foi nessa senda que os seguiram a gente maragata, na pureza e na valentia. Mas não dá para esquecer que muitos dos que se bateram em combate nos campos do sul não estavam movidos nem pela pureza, muito menos pelas demandas de Bento e sua gente. Alguns tinham bem claro que havia uma guerra dentro da guerra e que haveria de chegar a hora em que os "generais" do latifúndio também haveriam de ser derrubados. Homens e mulheres que morreram nas batalhas, creio eu, talvez muito pouco se importassem com o mercado do charque ou com possibilidades de arrancar uma ou outra coisa do governo imperial. Muitos estavam firmemente empenhados da vontade de construir uma república, um novo jeito de organizar a vida. Sabiam das grandes guerras já travadas em toda a América, cujas histórias se contavam nos galpões, nas noites frias de minuano. E, quem já pode percorrer aquelas campanhas nas noites de inverno, sabe que, por vezes, dá até para ouvir as risadas de pé de fogo, e os sonhos verbalizados por aqueles valentes que se jogaram, em farrapos, na aventura de tecer um grande meio-dia.

E é esse povo de coragem que eu reverencio no 20 de setembro. Que me importa Bento Gonçalves, Canabarro, Almeida, Neto ou outros generais do latifúndio. Eles seguem sendo desvelados pela história nas suas vilanias, traições e cobiças. No 20 de setembro eu cevo o mate pelas gentes simples, pelos valentes que embarcaram na grande aventura da liberdade. Homens e mulheres, irmãos e irmãs de Bartolina, Micaela, Tupac Amaru, Tupac Catari, Bolívar, Manuela, Artigas, Juana Azurduy. É essa procissão de gente que eu vejo passar diante dos meus olhos gaudérios. E é para eles que tiro respeitosamente o chapéu, porque ajudaram, com seus corpos, a palmilhar essa estrada ainda inconclusa da nossa independência como povo e como nação.

Digam o que disserem, eu faço cerimônias no 20 de setembro. Canto canções, acendo incensos e agradeço. Não aos fazendeiros que acabaram se achicando em acordos econômicos ao fim de 10 anos de luta, mas aos verdadeiros protagonistas dessa saga histórica que, repetidamente, acende em mim os candeeiros da paixão. Viva o povo farroupilha! Brancos, negros, índios, essa gente valente que fez o Rio Grande ser o que é.

Texto de Elaine Tavares - jornalista



Reeditado por blogdovicente

sábado, 21 de setembro de 2013

Nosso Universo é um Holograma

Nosso Universo é um Holograma...


                  obi-wan-hologram - Legenda holográfica do filme Star War



A Realidade como uma Projeção vinda do futuro
Nosso universo é um holograma


           Hologramas


                              O que são?

Os hologramas são registos de objectos que quando iluminados de forma conveniente permitem a observação dos objectos que lhe deram origem. Ao contrário da fotografia que apenas permite registar as diferentes intensidades de luz proveniente da cena fotografada, os hologramas registam também a fase da radiação luminosa proveniente do objecto. Nesta fase está contida a informação sobre a posição relativa de cada ponto do objecto iluminado, permitindo reconstruir uma imagem com informação tridimensional. 



" O Universo é um holograma " - Alex Collier 

Para nós, alguns podem dizer que "isso não importa, eu não vou estar aqui." Mas, tanto quanto outras raças extraterrestres nós também estamos na causa, pois eles estão aqui. Muitos deles vivem de uma média de 1.000 a 1.500 anos.



Os Andromedans vivem para uma média de 2.007 anos. Os "anos" que eu vou te dar como medida de tempo é linear - é a única maneira que eu posso dar a você. Eles não olham para o tempo da mesma maneira que nós. Basta manter isso em mente.

Dizem que o nosso universo, que consiste em tudo o que fazemos e o que não conhecemos, um ano de idade, consiste em 21 trilhões de holograma. Isso é o que eles dizem.

Dizem que toda a matéria que está no nosso universo saiu de buracos negros. Sob cada centro de galáxia, eles dizem é um buraco negro de onde tudo veio. Como eles têm descrito é que havia um universo que estava evoluindo (quando querem dizer evoluir, eles querem dizer que a freqüência desse universo continua a evoluir), e como o universo evoluiu, aquelas energias que não querem evoluir ou estavam segurando -se para trás, porque eles estavam cheios de medo começou a "ganhar peso", por assim dizer.

Estas energias, que incluem consciência, formada "sacos", que ficou "mais pesado". Como o universo aumenta em frequência (cor e som), os focos de resistência quebrar e explodir para fora. Este cenário é, aparentemente, o que está começando a acontecer agora, em nosso universo, 21000000000000 anos após a sua. Criação Tudo em nosso universo, inclusive nós, veio de um buraco negro. Os Andromedans dizem que não há idade para a gente. Nós somos verdadeiramente infinito. Você pode tirar isso da maneira que quiser. De acordo com Vissaeus e Morenae, em 23 de março de 1994 uma cor específica e freqüência do som começou a emanar de todos os buracos negros no universo conhecido. Em termos de sua ciência, que remonta ao longo do caminho, esta é a primeira vez que isso aconteceu. Que essa energia ea freqüência está fazendo é que ele está criando uma impressão holográfica em todos os níveis dimensionais, que dizem que há onze densidades creational.

Esta nova impressão holográfica tornou-se uma densidade de 12 . Dizem que esta nova impressão holográfica tem uma freqüência -. Que ele não carrega dentro de si uma dualidade que esta freqüência está fazendo é que ele está puxando para cima todos os níveis dimensionais abaixo dele. Dizem que até dezembro 2013 , a terceira densidade como a conhecemos aqui deixará de existir - é implodindo sobre si mesmo como tudo está sendo elaborado. Aqueles que no dia 11 vai a 12. Devemos ir ao quarto e, em seguida, a quinta densidade.

Do ponto de vista de Andrômeda, quarta densidade é uma consciência . É onde uma raça inteira é telepática com o outro, eles estão conscientes de si, sentem-se uns aos outros - são de uma mente, indivíduos separados, mas ainda um. Quinta densidade é onde nós seria considerado a partir da terceira densidade como sendo luz. Eles dizem que isso é o que vai acontecer com a gente, o mais tardar até 2013, com base em sua ciência. Não sei se isso é certo? Vou saber quando você sabe, mas eles não têm sido errado ainda. Agora, há consciência individual ", que apareceram nesta 12 ª densidade consciência holográfica. Eles aparentemente são como nada que já foi visto antes. Os Andromedans não sabe quem eles são, o que são, e não sei mesmo como descrevê-los. Mas, aparentemente, esses seres dimensionais 12 º tem a capacidade de olhar para baixo através de todas as dimensões e ver tudo o que está acontecendo lá. Isso é tudo que eu sei sobre isso.

Por que isso está acontecendo?




Fig. 1:
Enquanto tudo isso está acontecendo, algumas essências estão começando a "ganhar peso" [Fig. 1], porque a freqüência de mudança é "puxar tudo para cima."



Essas energias que estão regressivo estão começando a "surtar". De acordo com os habitantes de Andrômeda , cada um de nós no planeta Terra e outros 21 sistemas estelares em nossa galáxia parece consistir de um grupo de seres, a consciência individual ', que aparentemente evoluiu alguns trilhões de anos atrás até o 11 º densidade .

Um experimento foi concebido onde os seres que caia no conceito de tempo e experimentar com nossos pensamentos criando matéria física. Eles dizem que, aparentemente, um grande grupo de nós caiu para terceiro densidade e encontrou uma raça específica já está lá com um código genético muito específicas envolvendo 22 diferentes raças extraterrestres .

Toda a vida na Terra foi trazida por comerciantes (Terra encontra-se ao longo de uma rota de comércio galáctico), exploradores, mineiros, Joy-pilotos - todos pessoas diferentes. Originalmente, a Terra estava em uma órbita diferente, mais perto de Marte, e nada mais que gelo.




ASSISTA AOS VÍDEOS:

             AVISO:
O tema dos vídeos que você esta para ver, revela um segredo crucial em sua vida. Você deve vê-los atentamente pois referem-se a um tema que poderá provocar alterações fundamentais em sua visão do mundo material. O conteúdo não é apenas uma visão diferente ou um pensamento filosófico. Na realidade são fatos já comprovados pela ciência.



1 de 6 - Universo Holográfico ( David Bohn, Alain Aspect) - Tudo é sua criação



                    

           

 

2 de 6 Universo Holográfico Tudo é um sonho HQ





                  3 de 6 - Universo Holográfico ( David Boh


 

                            

         


  4 de 6 - Universo Holográfico ( David Bohn, Alain Aspect) - Tudo é sua criação





                         

5 de 6 - Universo Holográfico ( David Bohn, Alain



                   

 


  
   6 de 6 - Universo Holográfico ( David Bohn, Alain Aspect) - Tudo é sua criação



         

Textos(resenhas) dos Vídeos acima:  O SEGREDO POR TRÁS DA MATÉRIA:  O homem é condicionado, desde seu nascimento, a pensar que o mundo em que vive é uma realidade absolutamente material. Assim ele cresce sob o efeito deste condicionamento e constrói toda a sua vida baseado neste ponto de vista. As descobertas da ciência moderna, entretanto, revelaram a completa diferença entre a realidade significativa e o que é presumido. Toda a informação que recebemos de nosso mundo exterior nos é transmitida por nossos cinco sentidos. O mundo que conhecemos consiste do que nossos olhos vêem, nossos ouvidos ouvem, nossos narizes cheiram, nossas língua saboreiam e nossas mãos sentem. O homem depende, desde o nascimento, destes cinco sentidos. Assim ele conhece o mundo exterior apenas da forma com que é apresentado por estes cinco sentidos. Atualmente, pesquisas cientificas sobre os nossos sentidos revelaram fatos bem diferentes daquilo que denominamos de "mundo externo". E estes fatos trouxeram a luz um importante segredo sobre a matéria de que é feito o "mundo externo". Um pensador contemporâneo (Frederick West) assinala as declarações de alguns cientistas afirmando que "o homem é uma imagem, toda experiência é temporária e ilusória, e este universo é uma sombra", parecem estar sendo comprovadas pela ciência em nossos dias. Para melhor captar este segredo por trás da matéria, devemos nos relembrar de como captamos a informação da realidade que nos prove com a mais extensa informação de nosso mundo exterior.  COMO VEMOS?  A visão ativa ocorre progressivamente. No momento da visão, partículas luminosas, denominadas fótons viajam do objeto até o olho e passam pelo cristalino onde são refratados e focados na retina, no fundo do olho. Aqui, os raios luminosos são transformados em sinais elétricos e transmitidos por neurônios até o centro da visão na parte posterior do cérebro. A visão realmente ocorre no centro da visão no fundo do cérebro. Todas as imagens que vemos durante a vida e todos os eventos que experimentamos são na realidade experimentados neste pequeno e escuro lugar.Tanto o filme que você esta vendo agora bem como as paisagens sem fronteiras que você vê quando mira o horizonte, na realidade comprimem-se neste espaço de poucos centímetros. Vamos reconsiderar alguns conceitos, cuidadosamente. Quando dizemos "nós vemos", na realidade vemos o efeito dos raios atingindo os olhos, convertidos em sinais elétricos e formados no cérebro. Quando dizemos "nos vemos", na realidade observamos os sinais elétricos em nosso cérebro. A propósito, há um outro aspecto a considerar. O cérebro esta "selado" para a luz e esta sempre em completa escuridão. Assim, não é possível ao cérebro contatar a luz, por si mesmo. Podemos explicar este interessante fenômeno com um exemplo. Vamos supor que a nossa frente esta uma vela acesa e nos vemos sua luz. Durante o período em que vemos a luz da vela, o interior de nosso crânio e o cérebro estão em completa escuridão. A luz da vela jamais ilumina nosso cérebro e nosso centro de visão. Entretanto, nos vemos um mundo luminoso e colorido dentro de nosso cérebro sem luz. O mesmo se aplica a todos os nossos outros sentidos, som, tato, sabor e olfato, que são percebidos no cérebro como sinais elétricos. Desta forma, o cérebro, durante nossa vida jamais se confronta com a fonte original da matéria existente fora de nos, mas apenas uma cópia elétrica da mesma, formada dentro de nosso cérebro. Neste ponto somos iludidos a pensar que estas copias são instancias da realidade material fora de nós.  O MUNDO EXTERIOR EM NOSSO CÉREBRO Estes fatos físicos nos fazem chegar a uma indiscutível conclusão. Tudo aquilo que vemos, ouvimos, tocamos e sentimos como matéria, o mundo e mesmo o universo são apenas sinais elétricos em nosso cérebro. Por exemplo, vemos um pássaro em nosso mundo exterior. Mas na realidade este pássaro não esta em nosso mundo exterior, porem em nosso cérebro. As partículas de luz refletidas pelo pássaro alcançam nosso olho e de lá são convertidos em sinais elétricos. Estes sinais são transmitidos por neurônios para o centro da visão no cérebro. O pássaro que vemos é na realidade o resultado de sinais elétricos em nosso cérebro. Se o nervo conduzindo a informação fosse desconectado o pássaro desapareceria subitamente. Da mesma forma os sons do pássaro são também formados em nosso cérebro. Se o nervo conduzindo os sinais elétricos do ouvido ao cérebro fosse desconectado não haveria qualquer som. Colocando de forma simples, o pássaro, a forma do pássaro que vemos e o seu som que ouvimos é apenas a interpretação, efetuada pelo cérebro, de sinais elétricos. Outro ponto a ser considerado é a sensação de distancia. Por exemplo a distancia entre você e esta tela. É apenas uma sensação de espaço formada em seu cérebro. Também, objetos que parecem estar muito distantes na visão de um individuo, são na realidade imagens plasmadas em um ponto dentro do cérebro. Por exemplo, alguém que observe as estrelas, assume que elas estão a milhões de anos luz distantes dele. Na realidade as estrelas estão dentro dele. E a visão em seu cérebro. Enquanto você vê este filme, você assume que você esta em um ambiente, mas na realidade o ambiente esta em você. Você vendo seu corpo o faz pensar que esta dentro dele, entretanto você deve observar que seu corpo também é uma imagem formada em seu cérebro. Até agora falamos de um mundo exterior, de um mundo de percepções formadas em nosso cérebro. Do que nos vemos. Entretanto como nunca podemos alcançar o mundo externo, como podemos estar certos de que este mundo externo realmente existe? Definitivamente, não podemos. A única realidade com que lidamos é o mundo de sensações nos quais vivemos em nossa mente. Nos acreditamos na existência de objetos somente porque os vemos e tocamos e eles são refletidos para nós por nossas percepções. Entretanto nossas percepções são somente idéias em nossa mente. Assim, objetos que captamos por percepções não são nada além de idéias e estas idéias existem apenas em nossa mente. E se tudo isto existe apenas em nossa mente, isto significa que nos somos iludidos por decepções quando imaginamos um universo e objetos com existência fora de nossas mentes. Imaginar a matéria como tendo uma existência fora de nossa mente é na realidade uma decepção. As sensações que observamos podem estar vindo de uma fonte artificial. É possível ver isto com um exemplo. Primeiro vamos supor que podemos retirar o cérebro de nosso corpo e mantê-lo vivo em uma caixa de vidro. Vamos adicionar um computador com toda sorte de informações e finalmente vamos enviar todas os sinais elétricos (dados) que temos de luz, som, sabor, tato e olfato para este computador. Vamos conectar este computador ao sensores de sentidos de nosso cérebro com conectores, e vamos enviar-lhe os dados previamente gravados. Quando nosso cérebro perceber estes sinais ele vai "ver", "sentir" e "viver" as cenas que lhe apresentamos. Deste computador também podemos enviar sinais elétricos referentes a imagens e cenas criadas. Por exemplo podemos mandar sinais referentes ao que percebemos e sentimos enquanto estamos sentados a nossa mesa de trabalho. Neste estágio o cérebro pensará que é um homem de negócios sentado em seu escritório. Este mundo imaginário continuara enquanto a estimulação vinda do computador persistir. Nos nunca nos daríamos conta de que apenas somos um cérebro. É de fato muito simples para nos, sermos enganados acreditando que percepções sem qualquer causa material sejam reais. Isto é o que ocorre em nossos sonhos.  O MUNDO EM SONHOS  Para você realidade é tudo aquilo que pode ser tocado com as mãos e visto com os olhos. E nos sonhos também podemos tocar com as mãos e ver com os olhos. Mas na realidade você não tem mãos e tampouco olhos e tampouco existe algo que possa ser tocado ou visto. Tomando o que você percebe no sonho pela realidade material você esta preparado para ser enganado. Por exemplo, uma pessoa profundamente adormecida em sua cama pode ver a si mesmo em um mundo totalmente diferente em seu sonho. Ele pode sonhar que é um piloto que comanda um grande jato. E mesmo pode despender muito esforço para comandar o avião. De fato esta pessoa não se afastou um único passo de sua cama. Em seus sonhos ele pode viver em diferentes cenários e se encontrar com amigos, conversar com eles, comer e beber em conjunto. Somente quando a pessoa desperta de seu sonho que ele se da conta que tudo foram apenas percepções. Se somos capazes de viver facilmente em um mundo irreal durante nossos sonhos o mesmo pode ser também verdadeiro para o mundo no qual vivemos. Quando despertamos de um sonho, não ha razão lógica para não pensar que entramos em um sonho mais longo que denominamos de "vida real". A razão pela qual consideramos nossos sonhos como fantasia e o mundo como real nada mais é do que o produto de nossos hábitos e preconceitos. Isto sugere que podemos ser despertados de uma vida na terra que acreditamos estar vivendo neste momento. Da mesma maneira que somos despertados de um sonho.  QUEM PERCEBE?  Após todos estes fatos físicos, levanta-se a pergunta primordial. Se todos os eventos físicos que conhecemos são essencialmente percepções o que é nosso cérebro? Desde que nosso cérebro é matéria como nosso braço, perna ou qualquer outro objeto ele também deve ser uma percepção como todos outros objetos. Um exemplo vai clarear mais este assunto. Vamos imaginar que estendemos os nervos que atingem nosso cérebro e o colocamos fora de nossa cabeça onde podemos vê com nossos olhos. Neste caso seriamos capazes de ver nosso cérebro e toca-lo com os dedos. Neste caso podemos perceber que o cérebro nada mais é do que uma percepção formada pela sensação da visão e do tato. Então qual é a vontade que vê, ouve, sente e percebe todos os outros sentidos, se não é o cérebro? Quem vê, ouve, toca e percebe o sabor e o aroma? Quem é este ser que pensa, raciocina, tem sensações e mais, diz EU e MIM. Um dos importantes pensadores de nossa época, Karl Pribram (Holographic Paradigm, p37) também coloca a mesma pergunta: Desde os gregos, os filósofos pensam sobre os "espíritos na maquina", o pequeno homem dentro do pequeno homem. Onde está o "EU", a pessoa que usa o cérebro? Quem é que se da conta da ação do conhecimento? São Francisco de Assis dizia: "Procuramos aquele que vê." Na realidade o ser metafísico que usa o cérebro, que vê e sente, é o espírito. O que denominamos de mundo material é o agregado de percepções vistas e sentidas pelo espírito. Assim como os corpos que possuímos e o mundo material que vemos em nossos sonhos não possuem uma realidade física, o universo que ocupamos e os corpos que possuímos tampouco tem realidade material. O ser real e absoluto é o espírito. A matéria consiste meramente de percepções vistas pelo espírito. Sim, mesmo se iniciamos com ferrenha oposição, afirmando que matéria é real, as leis da física, química e biologia, nos levam todas ao fato de que a matéria consiste em uma ilusão e à inevitável atualidade de uma "matéria metafísica". Este é o segredo por trás da matéria. Este fato é tão definitivo que alarma alguns cientistas materialistas que pensam ser a matéria o absoluto. O escritor científico (?) diz no seu livro O Universo e Einstein (?) que "Em concordância com a afirmação dos filósofos de redução de toda a realidade objetiva a um mundo paralelo de percepções, os cientistas começaram a se conscientizar da alarmante limitação dos sentidos humanos." Todos estes fatos nos conduzem-nos a uma importante e significativa pergunta. Se as coisas que aceitamos ser o mundo material são na realidade formadas por percepções, transmitidas ao nosso espírito então qual a fonte destas percepções? Respondendo esta pergunta, devemos considerar o fato de que a matéria não tem apenas uma existência autônoma porem é uma percepção. Assim, esta percepção deve ter sido causada por algum outro poder. O que significa que tem que ter sido criada. Mais ainda, esta criação tem que ser continua. Se não fosse uma criação continua e consistente então o que nós denominamos "matéria" desapareceria e seria perdida. Isto pode ser parecido a uma televisão onde uma imagem é mostrada enquanto o sinal da antena é continuo. Se a transmissão interrompe a imagem na tela também desaparece.  O SER REAL E ABSOLUTO  Então, quem faz nosso espírito ver o planeta terra, corpos, plantas, nossos corpos, e tudo o mais que vemos? É muito evidente que existe um criador superior, que criou todo o universo material. Esta é a soma de todas as percepções e continua sua criação sem interrupção. Desde que este criador mostra uma tal magnífica criação ele seguramente tem o poder e direitos eternos. Todas as percepções que ele cria são criadas por sua vontade e ele domina a tudo que criou em qualquer instante. Este criador é Deus, o Senhor dos céus e da terra. O único ser absoluto é Deus. Tudo afora Ele, são sombras de seres que Ele criou. Esta realidade é explicada da seguinte maneira pelo grande estudioso islâmico Iman Rabani: “Deus... A substancia dos seres que Ele criou é o inexistente... ele criou tudo no âmbito dos sentidos e ilusões... a existência do universo é no âmbito dos sentidos e ilusões, e não é material... Na realidade nada existe fora com exceção de Glorioso Ser que é Deus” Nos quatro cantos deste universo, formado por percepções, esta Deus o único ser real. Assim o ser mais próximo ao homem é Deus. Isto é explicado no Alcorão com o verso : "Nós criamos o homem e nós estamos mais próximo a ele do que sua veia jugular". Aonde quer que estivermos Deus estará conosco. Enquanto você vê este filme o ser mais próximo a você é Deus que cria tudo o que você vê em todos os instantes. Enquanto Deus nos fizer ver imagens e nos provê com sensações relacionadas a este mundo, continuaremos a viver neste mundo. Quando Ele cessa com as imagens e sensações pertencentes a este mundo, mostra-nos o anjo da morte e nos dá percepções de uma dimensão diferente, significa que morremos. O dia da ressurreição, julgamento, céu, inferno e a vida eterna será criado para nós da mesma maneira. Criar todas estas coisas é simples para Deus, que nos mostra a evidencia de seu eterno poder e infinita sabedoria. Sim, neste mundo.

Fontes: Resenhas de Livros de Alex collier sobre o "Universo Holográfico"
Reeditado por ideiaquilvicenda
 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ILHA DE PÁSCOA - Tangata Manu: Homem pássaro


OS MISTÉRIOS DA ILHA DE PASCOA (Cuja cerimônia anual é a do Homem-Pássaro)



Makemake (pronuncia-se maki-maki), na mitologia Rapanui da Ilha de Páscoa, é o criador da humanidade, o deus da fertilidade e o deus-chefe do culto "Tangata manu" (homem-pássaro)










                         Mundos Esquecidos (R. Charroux)

        O termo "moai" é utilizado pelos estudiosos para designar as gigantescas estátuas de pedra, encontradas pelas encostas da Ilha 
de Páscoa, construídas por volta de 1300 d.C. pelo povo Rapanui, que atingem até 12 metros de altura e algumas pesam até 20 toneladas, 
sua função ainda é um mistério.

As mais de 887 estátuas da Ilha de Páscoa contêm em si uma pergunta imediata: como um lugar tão pequeno e isolado poderia originar uma cultura capaz de obras tão espetaculares? Desvendar os mistérios desta ilha não é uma tarefa fácil, e há inúmeras décadas pesquisadores e arqueólogos têm se dedicado às questões que Páscoa suscita. 
Quem construiu os moais? Como foram eles transportados até os 'Ahus'? 
A Ilha de Páscoa é o lugar habitado mais isolado do mundo: são 118 km² de terra no sudoeste do oceano pacífico, 1.600 km a leste da ilha de Pitcairn e 3.700 km a oeste do Chile. O holandês Jacob Roggenveen foi o primeiro ocidental a visitar o lugar, em 1722. Encontrou polinésios e nativos de "pele clara e cabelos vermelhos", que moravam em cabanas feitas de colmo e subsistiam da escassa vegetação. Em 1956, uma outra expedição, comandada pelo norueguês Thor Heyerdahl, descobriu milhares de ferramentas usadas na execução das estátuas. Mas as dúvidas sobre sua autoria permaneciam. Embora mencionem-se incas e até alienígenas como seus autores, a tendência é atribuí-las aos polinésios, que teriam chegado à ilha no século VII. 



Tomamos emprestado este titulo, pelo menos de maneira aproximada,

de nosso amigo Francis Maziére (Fantástica Ilha da Pascoa. Ed. Laffont) que despertou mais uma vez o interesse do mundo ocidental para essa 
ilha perdida no Pacifico, a 4.000 quilômetros a oeste do Chile. Centenas 
de estátuas , as 'Moais', são visíveis nas margens ou nas elevações , erguidas ou deitadas, olhando para a terra, o céu e o mar numa espera misteriosa que perturba os arqueólogos estupefatos. Maziére insinua que "os primeiros habitantes de Pascoa sabiam captar energias psíquicas que nós não somos mais capazes de pressentir . . .". O mistério das pedras enormes, transportadas a muitos quilômetros de suas pedreiras originais, se apresenta da mesma maneira em BaalBeck ( Líbano ) , no Egito, no México , no Peru , na Bolívia , em Carnak , em Londres , em Viena, 
onde se ergue o dólmen gigante de Bournand, com 17 metros de altura 
e cuja placa maior pesa 160.000 kg ( 160 toneladas ). Como sempre acontece nesses casos , os arqueólogos oficiais escolheram as teorias
mais esquisitas para explicar as origens da civilização da Ilha da Pascoa. Afirmam que os antigos pascoanos eram povos vindos da Ásia. Aliás, se prestamos ouvidos ao que eles dizem , a humanidade inteira nasceu na Mongólia: os maias, os incas, os africanos , os chineses . A teoria é inacreditável , mas é a teoria "clássica" As construções das plataformas pascoanas , chamadas 'ahu', são estranhamente parecidas com as construções dos incas e com plataformas dos sitos pré-incaicos de K'emko. A grande cerimônia anual é a do Homem-Pássaro. 
"Os autóctones esculpiram muitas figuras de homens-pássaros nas rochas de Orongo"
Legenda Rupestre de Tangata Manu - Homem pássaro





É isso que os homens do futuro dirão daqui a alguns anos !

Por isso , tanto vale dizer logo que o mana não passa de uma bonita lenda, que as estátuas não tinham nenhum poder terrível e que o mito 

dos homens-pássaros da Ilha da Pascoa é, simplesmente um mito deteriorado. Acreditamos que essa tradição, como por outro lado todas 
as outras no mundo inteiro , se baseia em fatos muito antigos: a vinda 
dos Iniciadores (Instrutores ), que possuíam grandes conhecimentos científicos que chegaram do céu , ou melhor, desembarcaram de espaçonaves ou mísseis..., em suma, máquinas voadoras. Esses (aliens), estrangeiros provavelmente vinham do mesmo planeta de onde chegaram os homens-voadores da América, da Ásia e da Europa. 

Parece que o culto do homem-pássaro que ia à procura do ovo de ando-

rinha é relativamente recente . A moda ou o rito do pukao também deve datar da mesma época. De fato nem todas as estátuas deviam ter possuído um chapéu, pois só foram encontrados 53 exemplares. Pelas tradições e os relatos dos primeiros descobridores , os holandeses chefiados por Roggeween em 1722 , a história da Ilha da Pascoa a partir 
de 1680 é a seguinte ( As tabuletas com pictogramas ou hieroglíficos não foram decifradas. Ure-Vaciko , o ancião pascoano que afirmava saber como traduzi-las, era simplesmente um impostor ) : 

Naquela época os pascoanos eram numerosos, supõem-se que fossem de 15.000 a 18.000 , uma população muito numerosa para uma ilha daquele tamanho O desbocamento sistemático , a fome, a falta d'água e de forragem foram muito provavelmente uma consequência do excesso de população. Os nativos começaram a guerrear entre sí e as tribos ficaram dizimadas e quase destruídas pelas sangrentas lutas fratricidas Os adversários , para despojar os inimigos dos poderes do mana, começaram 

a derrubar primeiro os chapéus das estátuas inimigas, e finalmente as próprias estátuas. Em seguida os pascoanos se tornaram canibais para adquirir poderes sobrenaturais , devorando o coração, os miolos e os órgão genitais dos inimigos, como ainda acontece entre tribos da Guiné e até do coração da África.

Essa luta insensata , chamada "guerra dos ídolos continuou até a chegada dos homens brancos , em 1862. Os ídolos foram quase todos derrubados ficando com o rosto contra o chão , menos as que ainda podem ser vistas no sopé do vulcão. Os trabalhos foram interrompidos e os 80 moais que estavam sendo esculpidos , ficaram inacabados no flanco da montanha. Uma outra versão afirma que os pascoanos se rebelaram contra seus 

ídolos , ou então que ficaram com medo de seus poderes excessivos. 
Mas isso não é muito plausível Os mortos que costumavam ser incinerados foram enterrados nos buracos deixados pelas estátuas derrubadas durante a guerra. Na ilha foram contados mais ou menos 300 'ahu' onde antes se erguiam altares e moais.

Essa hipótese que reúne a história de Páscoa às outras mitologias do 

globo , por causa de uma idem tica intervenção extraterrestre, deixa 
porém vislumbrar uma colonização da ilha por navegantes pré-incaicos vindos do Peru, como afirmou Thor Heyerdahl. Porém, apresentando argumentações de igual quilate, alguns arqueólogos de vanguarda 
afirmam que a Ilha da Páscoa antes do Dilúvio era uma extensão do continente Mu (mais para frente, vamos falar mais sobre Gondwana ou 
a Terra de Mu ).

Resenha baseada em textos extraído do livro "O Livro dos Mundos Esquecidos" de R. Charroux - Hemus -1975