Quem são os médicos cubanos que chegam ao Brasil ?
Estão chegando 4000 médicos cubanos para curar as lombrigas dos brasileiros que nossos médicos nunca curaram.
Texto Carta Maior
Na quarta-feira, dia 21, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a formalização do acordo com Cuba para a vinda de 400 médicos ao Brasil. Outros 1.500 profissionais cubanos devem desembarcar um pouco mais adiante. A decisão reflete um novo momento do Programa Mais Médicos que, progressivamente, furou o bloqueio duplo da má vontade conservadora e do elitismo corporativista.
Lançado em 8 de julho, a iniciativa ataca fatores emergenciais e estruturais que multiplicam áreas desassistidas no País. O Brasil tem apenas 1,8 médico por mil habitante; a Argentina tem três. O governo quer elevar o índice brasileiro para 2,5 por mil. Precisará de mais 168.424 médicos. As escolas brasileiras formam cerca de 18 mil médicos por ano. Mais de 3.500 municípios aderiram ao programa.
O ministro Padilha pretende acudir a emergência com a vinda imediata de profissionais estrangeiros; e corrigir a usina estrutural desse hiato incorporando as escolas de medicina à política da saúde pública no Brasil. De dois modos: incentivando a formação do clínico geral e transformando a residência médica em prestação de serviço remunerada no SUS.
O ministro Padilha pretende acudir a emergência com a vinda imediata de profissionais estrangeiros; e corrigir a usina estrutural desse hiato incorporando as escolas de medicina à política da saúde pública no Brasil. De dois modos: incentivando a formação do clínico geral e transformando a residência médica em prestação de serviço remunerada no SUS.
O acordo com Cuba, bombardeado originalmente, foi revalidado pelo próprio boicote corporativista, que tornou explícita a indiferença das elites em relação aos segmentos mais vulneráveis da população. Foi obra da paciência política do governo. Atualmente, mais de 54% dos brasileiros declaram-se favoráveis à vinda de estrangeiros para socorrer as regiões distantes e periferias conflagradas. Mais que uma vitória isolada, o Mais Médicos descortina uma nova família de políticas públicas, que convoca a universidade se incorporar ao do passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.
O CFM e os médicos cubanos
O Conselho Federal de Medicina, que lidera o boicote ao Programa Mais Médicos, declarou na quinta-feira, dia 22, que a vinda de profissionais cubanos “coloca em risco a saúde da população”. Curioso. Por ilação poderíamos entender que na visão do CFM, os brasileiros discriminados pelo elitismo corporativo estariam mais seguros se deixados à própria sorte.
Os termos do acordo divulgados pelo Ministério da Saúde desautorizam o terrorismo em torno da chegada dos primeiros 400, de um total de 4 mil médicos cubanos contratados para trabalhar no País. Os primeiros profissionais chegam no próximo fim de semana e passarão por avaliação de três semanas juntamente com os demais médicos com diploma do exterior.
Os cubanos que trabalharão no Brasil já participaram de outras missões internacionais: 42% deles já estiveram em pelo menos dois países, entre mais de 50 que já fizeram acordos semelhantes com Cuba. Todos têm especialização em Medicina da Família. A experiência também é alta: 84% têm mais de 16 anos de exercício da Medicina.
Esse perfil atende ao requisito de trazer profissionais credenciados no atendimento a populações em situação de vulnerabilidade. Os médicos terão autorização especial para trabalhar por três anos exclusivamente nas áreas designadas pelo governo brasileiro.
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Bienvenido médicos cubanos para curar gusanos de brasileños
Parece haver uma certa esquisofrenia por parte da grande mídia brasileira contra chegada de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil, procuram fazer a cabeça da população contra aquilo que poderá ser a redenção do Brasil, (a cura das doênças dos trópicos). Parece até que estrangeiro vir para o Brasil é novidade, esquecem-se que somos uma população micigenada de índios, caboclos, negros e brancos e que aqui temos de tudo, padre frances, aeromoça finlandesa, empresário italiano, jogador argentino, tradutor javanês por ae segue. Então, "Qual o problema então de termos médicos cubanos?"
Sejam bemvindos todos os médicos de quaisquer pagos deste planeta que aportarem no interior do Brasil, para tratar na nossa causa primária de subdesenvolvimento: a "ascaridíase", a antiga doença das lombrigas do 'jeca tatú', pois, no interior do Brasil continua exatamente o mesmo quadro de insaubridade como na época de Monteiro Lobato (criador do personagem Jeca tatú).
Isso não é simplismo e sim uma dura realidade, pois, infelismente o problema brasileiro não é só falta de médicos e sim de falta de vergonha na cara das corporações de ofícios de médicos que agem como se na idade média, que São Lucas (patrono dos médicos brasileiros) deles se apiede.
A doença tropical (Verminose, Febre, Amarela, Malária, Diarreia Dengue, Doença, Chagas, Cólera, etc,), tem uma correlação intrínseca não só com o ecossistema, mas também com a condição social da população. Decorrente da pobreza, o agravo também é devido o abandono do tratamento pelos doentes. As estatísticas mostram que o abandono ao tratamento atinge grandes proporções no país, estimativas indicam dados entre 17% e 25%. As principais causas de abandono podem ser atribuídas desde a um tempo longo de tratamento, à deficiência no sistema de atendimento aos doentes, à falsa impressão de cura após algumas semanas de tratamento e a fatores individuais (alcoolismo, etc...).
Além dos fatores sociais, existem os problemas técnicos, políticos e administrativos, que são comuns a qualquer programa de saúde pública. Resolver os problemas implica em ações com uso de tecnologia apropriada, estrutura sanitária básica, enfoque epidemiológico, decisão política e participação da sociedade.
Novos paradigmas, têm, portanto, que serem estabelecidos para o combate às doenças tropicais.
Não há grandes dificuldades em se identificar o problema, basta olhar para um indivíduo e já se identifica a pachorra, para confirmar o diagnóstico, se o mal é de 'lombrigas', recomenda-se que o indivíduo faça um exame de fezes. Este exame serve para detectar qualquer tipo de verme presente no intestino, como, por exemplo, a ascaridíase e a teníase. A questão é que nossos médicos brasileiros, são educados como nobres que não gostam dos pobres, então como tratar desses 'jecas tatus', sem interagir com o ambiente deles, já que o problema nosso continua sendo a falta de sanitarismo.
Se estes médicos gostam de tratar a miséria eliminando as doenças e parece-me que só eles tem a coragem e a fibra para fazer o que não fizemos em 500 anos, pois que venham os cubanos, holandeses e marcianos, para curar as lombrigas do Brasil.
Só assim seremos uma nação de fato.
Reeditado por blogdovicente
Fontes:
Google notícias
Blog Síntese Cubana via Carta Maior