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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MANIFESTAÇÕES CABOCLAS: QUEM SOMOS NÓS, OS “ÍNDIOS”

Afinal, QUEM SOMOS NÓS, OS “ÍNDIOS”



Brazilian_indians_000.JPG
características fenotípicas do índios brasileiros


QUEM SOMOS NÓS, OS “ÍNDIOS”


A denominação índio foi atribuída aos habitantes da América pelos colonizadores, que durante muito tempo chamaram a América de Índias Ocidentais. Essa denominação, além de refletir a visão do colonizador, generaliza e uniformiza grupos nacionais diferentes, apagando as especificidades de cada nação. Apesar desses inconvenientes, ela é largamente usada por estar consagrada como referencia aos povos que já viviam – alguns poucos ainda vivem – na América no período pré-colombiano. http://www.sohistoria.com.br/curiosidades/indio/


Reunião de caciques Kaiapós,
Kaiapos.jpeg


Foto Valter Campanato, Agência Brasil (ABr)


É bem interessante  e até necessário que se venha  a público com este assunto: A questão dos índios no Brasil, assim se esclarece logo esta antiga pendenga intelectual. Nossa intenção não é incentivar conceitos de exclusão social ou de racismo, e sim de extirpa-los.  Mesmo que assim, em um blog que ninguém lê, como se em  conversa de botequim, quando se discute se tem ou não racismo no brasil, se tem ou não preconceito social e cultural no Brasil. Bem, como o amor é lindo, se fala por ai de uma suposta ‘Democracia Racial’ e ai tudo se acalma, mas não é bem assim. Já lá se vão 514 anos de invasão, dominação, ecravidão e exclusão social, e todo mundo quieto, é preciso falar, é preciso MANIFESTAR-SE. Afinal, trata-se ou não de discutir a existência de uma conspiração contra se aceitar a própria origem no Brasil, e de que há sim, um conceito pejorativo (preconceito) para com e em ser índio, indígena, ou aborígene.  Desde que os portugueses, os pois-pois,  aqui chegaram e nos trataram (equivocadamente) por “índios”, como  também o fizeram com os aborígenes da costa  africana, que foram tratados por “negros”.

Na Idade Média, a palavra "índio" era empregada para designar todas as pessoas do Extremo Oriente. Ao chegar às Américas, Cristóvão Colombo acreditou que havia encontrado um novo caminho para as Índias e resolveu chamar os nativos que encontrou de "índios". O conceito de "índio" é, portanto, uma invenção europeia. Os habitantes originais das Américas nunca se enxergaram como um povo uno. Pelo contrário, diferentes grupos indígenas nutriam grande animosidade e constantemente guerreavam entre si. Quando os europeus chegaram às Américas encontraram, portanto, não um povo indígena, mas diferentes povos que não se enxergavam como pertencentes a um mesmo povo. Uma "identidade indígena" só foi criada séculos depois, com a chegada dos europeus. A denominação mais conhecida das várias etnias não é ‘quase nunca’, a forma como seus membros se referem a si mesmos, e sim o nome dado a ela pelos brancos ou por outras etnias, muitas vezes inimigas, que os chamavam de forma depreciativa, como é o caso dos caiapós. cujo significado doo termo seria um depreciativo (hoomens-macacos),
http://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasil



Afinal, quem são os  tupis, os guaranis e tantas outras nações étnicas aborígenes senão a grande parte do povo brasileiro. No meu particular entender, os brasileiros mestiços, que nos sensos se declaram como brancos, na sua grande maioria são de origens aborígenes, “originários do próprio local”, ou seja os indígenas, são os mestiços brasileiros. Se apenas as pessoas que têm  tem acima de 50%, cinquenta por cento do genoma aborígene (sul americano), se declarassem conforme seu real geno-fenótipo, diriam aos recenseadores que são indígenas e ai, segundo o IBGE (que não quer isso),  seríamos então, a maioria do povo brasileiro.
O contrário de que se vem sendo noticiado e é reconhecido por grande maioria de autores (brancos), que colocam como sendo branca ou  negra, ou seja europeia ou africana a matriz geno-fenotípica da sociedade brasileira. Sabemos que no Brasil após esses quinhentos anos de miscigenação racial, seríamos todos mestiços, mas este termo não aparece na nossa geografia oficial. 

O problema é que ainda existem os quistos raciais e esses dificultam ações mais  imediatas diante da necessidade de mudanças de paradigmas de governança. Mas, seria ótimo se todos os brasileiros se sentissem mais como índios, indígenas, silvícolas ou aborígenes de sua própria terra, ou seja os primeiros sul-americanos. Na parte oriental da América do sul, para não chama-la América espanhola, muitas nações já se conscientizaram da questão da usurpação indígena, a ponto de reconhecer e permitir e incentivar a valorização da cultura aborígene nestas sociedades, de eleger presidentes declarados indígena ou aborígene como é o caso de Evo Morales na Bolívia. Já na parte ocidental da América do sul, para não dizer América portuguesa, não se dá o mesmo. No Brasil o tema "Questão Indígena" ainda é tabu.  

Mesmo levando-se em consideração as levas de imigrantes, mas não houve mais que em outras regiões do globo, e aqui, a população aborígene sempre foi infinitamente maior.
Por séculos a fio o perfil da paisagem brasileira era uma 'casa grande', casario dos feitores, uma senzala, e uma infinidade de taipas em volta pelas cercanias; as casas dos indígenas (dos amansados e dos mestiços: os 'gentios'). Então, o que ocorre no Brasil é devido a essa dificuldade (imposta culturalmente),  do povo brasileiro não se auto-identificar como sendo ou indígena ou de origem, ou seja, a matriz do povo brasileiro.


Mesmo após José de Alencar com o seu livro “O Guarani”, ou a ópera de mesmo nome de Carlos Gomes, mesmo após o manifesto dos modernistas, que enfatizou a nossa possibilidade, do Brasil, enquanto nação aborígene dos trópicos, com o “Manifesto Antropofágico" de Mário de Andrade. Ou que apesar da gritante realidade da cor de nossos olhos e peles, dos nomes dos nossos rios, vilas  e cidades, serem na sua maioria de origem  aborígene, a dificuldade de se reconhecer tal realidade é tal, a ponto de alguns ‘cientistas políticos” afirmarem que a matriz do povo brasileiro tem na branca Europa e no africano (negros), como sua origem, o que absolutamente não é verdade. 
Embora seja esse o diagrama, o caso é, que as pessoas por uma imposição cultural costumam se auto-declararem  como brancas, em sua maioria e depois em negras ou pardas, e  quase nunca se declaram índias ou indígenas. Então, os sensos mentem. Ou seja, o IBGE mente descaradamente e intencionalmente, ao fazer suas sondagens a partir apenas da cor da pele das pessoas e não das sua origens étnicas e das suas características culturais, inclusive a cor.


Mas, a realidade mesmo, é que o GENOMA da população brasileira tem na formação do seu ADN, a maioria, bem mais que 80% dos cromossomos que a  caracterizaram como de  origem aborígene, ou seja, indígena. Então, é necessário que se aperfeiçoe a qualidade dos Sensos e também a dos gestores públicos, principalmente os conceitos étnico-culturais da nossa intelectualidade e dos  juízes. Sob pena dessa nação  passar desapercebida históricamente. 
O mais engraçado é que muitos brasileiros de origem étnica brancos-europeus se auto-declaram como aborígene ou indígena, enquanto a grande maioria da população nega sua origem principal e se declara branca ou parda ao invés de indígena ou aborígene. Pode não parecer importante para o mercado consumidor, mas é de crucial importância para a DEMOCRACIA e para nossa auto-afirmação enquanto conceito de nação. 

Definitivamente nós não somos apenas uma nação de imigrantes, não sobreviveríamos enquanto tal. O genoma da espécie falará mais alto sempre. Isso não é racismo e sim sobre-vivencialismo.
E a verdade é que nós brasileiros de verdade, não temos e nem devemos ter vergonha de nos declararmos aborígenes do Brasil ou como queiram: indígenas, como chamavam as nossas índias os primeiros marujos das naus da companhia do comércio marítimo da índias ocidentais. Ora-pois! Então ÍNDIOS é o que somos.
O óbvio é que no Brasil, também os gestores públicos usam esses dados e as estatísticas falsas do IBGE, para elaborar e aplicar as políticas públicas. Daí esse quadro crônico de exclusão social por tantas nações indígenas brasileiras. No próximo carnaval iremos  mudar isso, vamos criar o bloco "ÍNDIOS DO BRASIL".Tenho dito.



povo brasileiro.jpg


índios brasileiros


Fontes:
wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasil#mediaviewer/File:Brazilian_indians_000.JPG


Edição ideiaquilvicenda



À 9ª Bienal da UNE


Boa Noite,
Caros estudantes, gostaria de me dirigir aos "jovens" e se faço essa observação, é apenas para firmar  meu pensamento na premissa de que estudante, não, ou pelo menos não deveria ser  só os 'jovens de idade', pois existem também os "velhos" estudantes, embora exceção. Os velhos tem ojeriza à aprender, o que não deveria ser.
Isso tudo dito, apenas para  fortalecer (tentar),  em mim, a convicção que é necessário 'estudar sempre' e por toda a vida, independente da idade. Nesse contexto, então, somos todos estudantes e isso me agrada. Melhor ainda  se estudar for premissa para se manter (sentir) jovem, a qual creio ser verdadeira.  E sendo assim,  me permito aos 55 anos de idade seguir o 'blog da UNE', para (tentar), acompanhar as noticias estudantis e reaprender (tentar) sempre, o 'pensamento da juventude', para assim , tentar também, manter meu espírito sempre jovem. Confesso que não é fácil, pois, "o lado escuro da força" (fraqueza), parece as vezes nos intimar a comparecer ao "outro lado da vida" (morte). Mas, penso que temos que "resistir sempre"  como  só  fazem "os bravos". Mas, "o tempo não para" e isso nos ensina que "resistir é avançar" , ato que por si só já seria  um 'ato de rebeldia'. Rebeldia essa, contra nossa  própria condição de "mortal",
se é que para todo vivente é destinada uma "vida e morte Severina". Avançar não é necessária é um ato 'revolucionário', mas deveria ser sempre 'evolucionário'.  Mas como "o tempo não para" e temos que "avançar sempre", mesmo que aja  revoluções para que disso brote uma evolução. Pois todo pensamento que não evolui já esta morto, só que e não sabe.

Gostaria de me disponibilizar  para um possível evento  que aborde "tecnologia e pensamento", de acordo com temas que disponibilizo para estudo e reflexão ou simples leitura de 'passa tempo" no meu 'blog pessoal', ideiaquilvicenda.blogspot.com/.

Não tenho qualquer pretensão ou ideia pré formatada, mas, penso que tanto poderia  ajudar como seria ajudado ao participar do evento " 9ª Bienal da UNE", no qual gostaria de estar presente como convidado, o que, sem um convite formal de alguma entidade publica me impossibilita. Obrigado;

Atenciosamente a disposição,
V.J.O.

 reedição ideiaquilvicenda(10/11/2014)

terça-feira, 18 de março de 2014

O Sermão da Montanha, Ética e Política - Manifestações Caboclas

 

Manifestações Caboclas 

O Sermão da Montanha, Ética e Política 

Muito apropriado o título, e considero excelente a crônica que transcrevo abaixo nesse post do blogdovicente, texto-resenha do livro: Ciência e Política - duas vocações do Max Weber. Embora, discorde do autor apenas na sua conclusão final. Eu, pertenço ou penso pertencer a um grupo de seres humanos que acredita que a vida deva ser vivida segundo uma ética pessoal que se aplique perfeita e completamente tanto nas ações referendadas na crença individual, de cunho religioso espiritual, assim como, nas nossas relações humanas como um todo, inclusive nas relações políticas do indivíduo.

Realmente, "O Sermão da Montanha" tem um precioso conteúdo ético e moral, mas, é também um conteúdo político, e deve ser aplicado a todos os homens e não só aos santos. 
Penso que o que pode salvar a humanidade não é o que pensamos ou dizemos ser, e sim nossa práxis nas ações do cotidiano. Se não se acatar também o sentido político do cristianismo, então de fato, não se é cristão.

O mundo é de homens comuns, e aqueles que melhor se assemelharam a Jesus Cristo tornam-se 'santos'. Nisso, é que discordo do eminente mestre jurista, pois, segundo sua afirmação: "A ética do evangelho é para candidatos a santos e a política é feita por homens e mulheres de carne e osso...", o sermão não é dirigido a santos e sim aos homens comuns, os pecadores. Pois, se tem consciência que se é pecador, arrepende-se e segue o Sermão da Montanha. Sendo assim, então este será também para os homens. Não é questão de ser bom ou mal, e sim de ser justo na razão. Manter a consciência limpa. Caso contrário não haveria evolução sócio-cultural-científico-tecnológico-humana-espiritual da humanidade, seria o caos.



Quanto a afirmação que "...os profetas desarmados sempre foram derrotados", é uma 'verdade aparente', pois carece da derivação do tempo no mundo secular. No mundo do "não tempo" o bem sempre vence. No mundo espiritual os profetas desarmados são sempre os vitoriosos, pois, segundo uma ética divina civilizatória, (Ets),  são essas ações que tem ajudado na evolução da humanidade e não o contrário. 
Nos casos históricos aqui no Brasil, (embora existam milhares de perseguições caboclas não registradas), relembra-se três grandes movimentos defensivos emancipatórios de cunho religioso espiritual em que os "profetas desarmados" foram derrotados em armas pelos que ainda hoje são a elite nessas pragas e estão no poder: As Guerras Guaraníticas, a Guerra de Canudos e a Guerra do Contestado. O fato dessa manifestações caboclas existir e resistir ao tempo prova que para alem do tempo, sempre existirão homens santos mártires, dispostos a defender o Sermão da Montanha, pois, segundo as profecias, no fim dos tempos haverão dias que não mais será assim. Então de que lado estará o pragmático?

Quanto ao Max Weber(1864-1920), penso que sua tese: "Ciência e Política - duas vocações"também peca quando defende uma ética burguesa-capitalista, em que o homem de conhecimento (o cientista) não deve ou necessita ter o dom da política ou exerce-la, sob pena de prejuízos financeiros e sociais. E que o homem político não deve ou necessita ter o dom ou o esforço do conhecimento sob a mesma pena. Ao meu ver, isso cria uma doença psíquica na humanidade chamada dupla personalidade, (nossos políticos), pois, na verdade tratasse do mesmo homem, (o capitalista), portanto são parte de uma mesma vocação. O conhecimento, baseado na ética pessoal-religioso-espiritual é que sempre deve preceder a ação política e o "Sermão da Montanha" é como  luzeiro, um lembrete aos cristãos, referência para nossa práxis  pedagógica do cotidiano.
Monge José Maria - Contestado Paraná



O Sermão da Montanha, Ética e Política

Max Weber, em Ciência e Política: duas vocações, faz referência ao Sermão da Montanha proferido por Jesus Cristo (Mateus 5, 1-48). Considero este um dos mais belos textos bíblicos, inspirador da militância política fundamentada numa interpretação teológica libertadora. Jesus declara que o reino pertence aos pobres (está escrito “pobres de espírito”, mas isso não impedia uma leitura favorável aos social e politicamente oprimidos). Ele bem-aventura os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os perseguidos por defenderem a justiça, mas também os mansos, os misericordiosos, os limpos de coração e os pacificadores. 
Sermão da Montanha, como a Bíblia em geral, permite várias interpretações e, claro, aquela que enfatiza e fortalece a luta por um mundo mais justo e igualitário. “Vós sois o sal da terra”, diz Ele. É uma excelente metáfora para os que almejam fecundar um novo mundo. Isso exige uma ação consciente da missão a cumprir, fundada numa ética da convicção. E é um desafio e tanto, pois, “se o sal for insípido com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens” (Mateus 5, 13).
Sermão da Montanha, como demonstra Max Weber, problematiza as relações entre ética e política. São esferas da ação humana incompatíveis e irreconciliáveis? Haveria duas éticas, uma válida para o homem político e outra para a ação humana externa à política? O texto bíblico expressa uma ética absoluta, uma ética do “tudo ou nada”, um “mandamento incondicional e unívoco” (Weber, 1993, p.111). A questão central está em como compatibilizar meios e fins. A política sempre recorre a meios violentos, mesmo em períodos pacíficos (o poder político é definido pela legitimidade e exclusividade no uso de meios coativos). A espada do Estado paira sobre as nossas cabeças em cada momento das nossas vidas, mesmo quando estamos reclusos ao lar e nos limites da individualidade, as teias do Estado nos alcançam. Porém, a ética do Sermão da Montanha declara:
“Ouviste o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a tua túnica, larga-lhe também a capa. E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” (Mateus 5, 38-41).
São imperativos de uma ação política fundada na paz, na recusa de meios violentos. Deve-se buscar a conciliação e amar o inimigo:
“Ouviste o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizeis os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem…” (Mateus 5, 43-44).
São belas palavras, mas a história demonstra que as ações humanas na esfera política – e mesmo religiosa – não se pautam por elas. Já o florentino, no século XVI, observou a impossibilidade de agir politicamente segundo esses preceitos. Nem mesmo os papas! Do tempo de Maquiavel aos dias atuais persiste o dilema da ação política confrontada com as exigências da ética. Como escreve Max Weber: “Pode-se realmente acreditar que as exigências éticas permaneçam indiferentes ao fato de que toda política utiliza como instrumento específico a força, por trás da qual se perfilha a violência?” (p.111).
A ética do evangelho é para candidatos a santos e a política é feita por homens e mulheres de carne e osso, capazes de atos grandiosos, mas também de crueldades indescritíveis. Ensina o florentino que o “homem que desejar fazer a profissão de bondade, mui natural é que se arruíne entre tantos que são perversos”. Os profetas desarmados foram derrotados.
__________* Aos meus alunos do curso de Direito (UEM), que me fazem refletir sobre o passado, presente e futuro.[1] Ver WEBER, M. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1993.[2] As citações são do Novo Testamento, editado por “Os Gideões Internacionais”, 1995, confrontadas com a Bíblia Sagrada, traduzida e editada pela CNBB, Brasília, 2002.[3] MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo, Hemus: 1977, p.87.

Reeditado por blogdovicente

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O que são essas Manifestações e O que elas querem dizer?

O que são essas Manifestações e O que elas querem dizer?










 Há alguns dias, comentei um artigo no meu blog: http://ideiaquilvicenda.blogspot.com.br/2013/03/o-comportamento-do-nosso-universo.html,intitulado: O Comportamento do nosso Universo - "A incerteza como princípio“, que aborda fenômenos de alterações psíquicas na sociedade, como sendo um salto quântico da terceira, para a quarta dimensão. Bem, já começou!. Essas "manifestações", cujas características diferem de outras aglomerações humanas devido seu carater amorfo, acéfalo e espontâneo, assim como as que ocorrem em outras partes do globo, são apenas o início de processo de transformação planetária que está por vir e, de alguma forma essas pessoas sabem disso. Sabem que é preciso organizar-se de alguma maneira, diante do novo devenir, para se viver melhor. As pessoas passam então a serem mais participativas. É como se uma conscientização "expontânea" estivesse transmutando essas pessoas do “eu”, o individuo, para a sociedade do "nós", o coletivo. Por isso o desejo de manifestar-se como indivíduo mas que está disposto a participar do coletivo (político).

      Sobre o que o governo pode e deveria fazer eu já falei o que penso, (não interferir), a questão é quanto a demora até que estas ações aconteçam. Nesse ínterim, podem haver contra tempos (distúrbios), como já tem ocorrido, em alguns lugares de maior tensão social que é onde podem ocorrer esses distúrbios. O distúrbio são momentos de descontrole emocional das pessoas, durante ou fora das manifestações. Nesses casos, a polícia (o estado), tem se mostrado como um elemento opressor para ele. O distúrbio é o descontrole emocional, provocado por qualquer fator que altere ou aumente a entropia do sistema, (estresse). No caso das manifestações, são pessoas com a sensibilidade ativada, já a flor da pele em qualquer evento (fato) pode provocar efeitos indesejáveis, ex: muitas vezes só porque as pessoas vêem em sua frente um quadro ameaçador como armas, fardas e escudos em excesso qualquer expressão ofensiva contra a manifestação soa como provocação. Por isso a importância dos governantes terem muita cautela e sensibilidade para não agravar ainda mais o quadro político até a conclusão desse período de transição.(?...)

O único problema disso tudo, é que cada um se manifesta de acordo com sua indignação. E é claro que tem muita gente indignada. E como dizer s em razão? Nascer nu, permanecer nu, ele ( o povo brasileiro) sempre fez e era feliz, mas, era na floresta, onde tinha muito alimento, e nenhuma opressão, mas, segundo o subconsciente ou o inconsciente coletivo, foram os que ora estão no poder econômico e político acabaram com a floresta, os trouxeram para viver nas cidades. esse é o dilema: Viver miseravelmente na cidade é diferente que na selva onde são donos do seu próprio destino. Ele (o povo) que participar. E o que é participar politicamente (sem ruptura), senão dizer que querem viver em uma sociedade repúblicana democrática e participativa. É o que ela, a "manifestação" quer dizer.

A questão do clamor, da indignação e até da exaltação é porque nesse despertar coletivo, eles (as pessoas) se encontraram vivendo em uma sociedade que está se destruindo por autofagia. Viram-se fora dos círculos de poder, de decisão do nós (político), numa condição quase de servidão, sobre o que se come, bebe, veste e trabalha, ou seja, o indivíduo nasce, envelhece e morre, sem que nada ou poco pode fazer para melhorar a sua vida. A coisa é ampla. Bem, acho que seria assunto pra sociologia discutir e aprofundar.
Ele quer participar da condução do seu próprio destino. Daí o "todo mundo quer aparecer no globo" ou o querer ficar famoso das redes sociais. Afinal, o que todo mundo quer é alegria, diversão, saúde educação, trabalho e "dinheiro" para realizar suas mínimas necessidades.  Quer morar, quer ir quer vir. Mas nesse despertar coletivo ao contrário de se ver como um ser civilizado, viu-se ‘servilizado’ a uma sociedade do consumo na qual ele não tem vós ativa como sujeito e cidadão. Não têm o capital para realizar suas demandas e o estado não supre por ser norteado segundo uma visão capitalista, que privilegia primeiro o capital depois o social. Não vendo resultado, mesmo os que já participam no coletivo simplificado dessa sociedade capitalista de consumo. Ele procura e quer "ajuda", por isso vai as ruas, em marchas, passeatas, e concentrações. 

O fenômeno psico se dá por conta da não intencionalidade manifesta do grupo, que sem lideranças verticais, apenas através de mensagens facilitadas pelas comunicações em rede (internet), reúnem-se e instintivamente passa a movimentarem-se, mudam de direção, param em determinados pontos específicos, mas nada planejado, têm preferência por símbolos, monumentos e prédios públicos, municipais, estaduais e federais, de onde ele acha que vira a ajuda, ou pelo menos deveria vir.

Edição: blogdovicente
Fonte: http://www.ideiaquilvicenda.blogspot.com.br